collection/of/spectators
  • Instructions
  • Spectators Festival
  • Collection of People
  • News
  • FAQs
Instruction 11:

Take me to a show

Participate
  • uma mulher, surda, entra em palco com um instrumento de percussão.
    Rachel Korman
    Ilha de São Miguel, Açores
    Close ×Close ×

    Rachel Korman

    Ilha de São Miguel, Açores

    visto uma roupa bem confortável, preta, minha cor preferida. calças tipo sarongue. uma t-shirt de malha com mangas compridas, tênis e meias coloridas. também uma echarpe florida, em tons de vermelho. as cores gosto sempre nos detalhes.

    encontro com minha amiga Diana, no café Louvre. tomamos um café e seguimos. vamos ao teatro micaelense.

    vais assistir a um espetáculo de tirar o fôlego. vai ser emocionante, acredite!

    cantos de pássaros invandem o ambiente do teatro.

    luz fria, em tons de verdes e azuis... mares e céus iluminam o ambiente.

    uma mulher, surda, entra em palco com um instrumento de percussão.

    Toca 3 vezes,rio de alegria ao ver uma banda formada por surdos a tocarem e dançarem no palco.

    minha amiga Lelê, que vive no Rio de Janeiro, é surda e adora carnaval. Brinca sempre, com imensa alegria aos sons dos tamborins.

    vamos à beira mar olhar para o infinito e falamos sobre o que é estar vivo, das saudades...

  • The tuning of the oboe for the orchestra, followed by the other instruments matching and harmonizing with that note.
    Carlos García León
    Cincinnati, USA
    Close ×Close ×

    Carlos García León

    Cincinnati, USA

    For a show, I'd wear some colored Chinos, with a plain T-Shirt, tucked in, and I'd wear a color-coordinated poncho over it. Always like having something that reminds me of Mexico when out in large crowds.

    My best friend and lover.

    Shows I normally attend are at Music Hall in Over-the-Rhine

    "I am so excited for this performance! Thanks for coming with me!"

    The tuning of the oboe for the orchestra, followed by the other instruments matching and harmonizing with that note.

    It's a warm light, yellow and orange lights on the stage.

    The conductor of the orchestra walks to the center, bows and acknowledges the audience. They talked to the public briefly thanking everyone for coming and then begins the piece.

    Seeing an older person already snoozing through the music. I wish them a restful nap and hope they don't get judgy looks from others.

    It's always nostalgic to see an orchestra. As someone who used to play in one and hoped for a while to be an orchestra player, it's always nice to reminisce on those feelings and memories.

    How they felt about the performance? What did they like? What didn't they like? Should we get a drink somewhere? If we have any questions about the composers, performers, people involved?

  • Cinema Odeon. Aquele em que nunca entrei e nunca o será novamente.
    Tania Ramos
    Lisboa, Portugal
    Close ×Close ×

    Tania Ramos

    Lisboa, Portugal

    Um fato macaco. Tanto tempo em casa com roupa de sair porque não sair com roupa de estar em casa?

    Com a pessoa que naquele momento quiser. Tenho bilhetes para dois e a minha companhia não pode ir comigo hoje.

    Cinema Odeon. Aquele em que nunca entrei e nunca o será novamente.

    Estou emocionada. Já tinha saudades de ver abrir o pano.

    Alio de Naragonia

    Uma luz quente, em tons laranja. Uma luz que mostra intimidade.

    Um músico. Uma pessoa apenas. Entra com a sua concertina. Pousa-a no chão. E fala sobre a necessidade da dança. A necessidade do toque. A falta de pessoas.

    Num dos momentos da peça chamam o público a palco. Somos todos tão ávidos de ver e acabamos por ser todos tão disformes a interpretar.

    A forma simples como a dança aproxima as pessoas e as minhas experiências nessa área. Os amigos que fiz em festivais, os amores que trago para a vida.

    Sabes? Estamos feitos mas não estamos acabados. E casa um destes momentos é uma peça neste puzzle da vida.

  • Um jantar multinacional em que cada participante cozinhou um prato do seu país para os outros provarem. Tinha 17 anos e estava na Alemanha. Nessa noite, uma francesa confessou-se apaixonada por mim.
    Antonio Graça
    Vila Nova de Gaia
    Close ×Close ×

    Antonio Graça

    Vila Nova de Gaia

    Os meus jeans pretos e uma t-shirt cor de vinho, lenço às riscas verdes e brancas.

    Com a minha filha.

    Janela dos sonhos.

    Sou feliz.

    Barcarolle de Offenbach

    Luz negra

    Essa pessoa, dança pelo palco uma kalinka, enquanto toca cavaquinho e canta uma ária grega.

    Um Zé Povinho em tutu de ballet a fazer manguitos enquanto faz piruetas em sapatos de salto alto.

    Um jantar multinacional em que cada participante cozinhou um prato do seu país para os outros provarem. Tinha 17 anos e estava na Alemanha. Nessa noite, uma francesa confessou-se apaixonada por mim.

    Falamos de como a vida vale a pena ser vivida com outros, de como a descoberta é permanente para quem não tem os olhos fechados, do quanto somos afortunados pelo simples facto de existirmos num universo onde há vida.

  • A dancer. with movement he transforms the body into poetry of shapes and forms.
    Benja
    world, europe, missing, chair by the window
    Close ×Close ×

    Benja

    world, europe, missing, chair by the window

    black oxfords

    someone who makes my muscles contract into a smile immediately upon a glance, a friend.

    old theatre

    "so happy you’re here"

    live classical music that instantly, yet somehow slowly, fills the room in full

    dark green, with patterns forming within that space

    a dancer. with movement he transforms the body into poetry of shapes and forms

    something brilliantly executed and unexpected

    life itself, the whole event

    we talk about possibility

  • A primeira pessoa a entrar em cena é uma actriz, que encara o público e diz uma única frase “Vou mostrar-vos o que uma mulher pode fazer.”
    Marina Preguiça
    Lisboa, Portugal
    Close ×Close ×

    Marina Preguiça

    Lisboa, Portugal

    Estou vestida com um vestido preto, longo e largo, de um tecido que não sei como se chama. Tem botões desde o pescoço até à cintura, as mangas são bufantes e descem só até ao cotovelo. Calço ténis com várias cores (branco, rosa, roxo, azul). O cabelo está solto e uso um relógio no pulso esquerdo, duas pulseiras também no pulso esquerdo e sete anéis de prata nos dedos.

    Vou comigo própria. Gosto de ir sozinha ver peças de teatro.

    Caminho até ao Teatro do Bairro Alto.

    Mesmo antes de as luzes baixarem, digo a mim mesma: deixa-te levar como se este fosse a última peça que vais ver na tua vida. É que pode ser mesmo, nunca se sabe...

    É uma música rock que me parece uma versão de "Gloria", da Patti Smith. Porém, sempre que abro a boca para fazer o playback “Gloooria!”, a música dá um salto e passa para outro momento.

    O palco é iluminado por luzes coloridas, quentes, fortes e enérgicas.

    A primeira pessoa a entrar em cena é uma actriz, que encara o público e diz uma única frase “Vou mostrar-vos o que uma mulher pode fazer.”

    Rio-me às gargalhadas com o discurso da personagem masculina. Este, numa tentativa de defender o seu bom nome, opta por fazê-lo ofendendo e humilhando a personagem feminina. Mas, como não quer parecer mal-educado, usa uma série de eufemismos para o que quer realmente chamar-lhe: puta. Rio-me não dos eufemismos dele, mas da tristeza da situação que se repete tantas vezes na vida real e na ficção...

    Um acontecimento repetido vem-me à memória: todas as vezes em que quis falar e alguém revirou os olhos, todas as vezes em que quis falar e alguém me interrompeu, todas as vezes em que quis falar e me viraram as costas. Todas as vezes em que me silenciaram.

    Depois de tudo isto, volto para casa, sento-me ao computador e escrevo um texto, ora triste ora inflamado, sobre o apagamento das mulheres artistas na História da Arte; sobre a palavra de uma mulher continuar a valer menos que a palavra de um homem, sobretudo se este for poderoso; sobre o acolhimento de que precisam as mulheres vítimas de violência e sobre o injusto julgamento que, ao invés, tantas vezes recebem; sobre como, mesmo apesar de já ter visto as obras da Artemisia Gentileschi tantas vezes, continuar a ficar deslumbrada por elas.

     

  • - Foi tão bonito e inspirador Amor! - Pois foi! Quem me dera ficar assim, com este feeling para sempre! - Vamos beber mais um copo e aprofundar isto! Ou ficar no carro a beber e a aprofundar... a vida!...
    Rita Alves
    Lisboa, Portugal
    Close ×Close ×

    Rita Alves

    Lisboa, Portugal

    Tenho um vestido preto justinho e curto, com cinto e casaco de malha até ao pés todo preto. 
    Para além de ser agora um dos meus conjuntos preferidos, que gosto de usar para momentos especiais, estou toda de preto, como adoro estar.
    E para me sentir "protegida" como vou para um lugar com tantas pessoas, energias...

    Vou com amigos do coração, alguma irmã do coração ou irmão do coração.

    Combinámos na Culturgest.

    "Não há problema que tenha trazido um bocadinho de whisky nesta garrafinha de água, certo?" (antes que se "passassem", diria também:)
    "Estou a brincar amiga/0! Sou mãe de filhos, gente séria!"

    Ui! Sou péssima para decorar nomes de músicas! Mas seria de certeza uma música tipo zen, como a que tu tens neste áudio, ou uma música tipo clássica instrumental que começasse baixinho e fosse ganhando vida e força ao longo do tempo!

    Tipo de luz "amarelada", não forte tipo luz "branca". Com várias cenas intermitentes como se a luz acompanhasse a música.

    É uma mulher dançarina. Dança contemporânea mas com um toque elegante nas suas linhas, tipo ballet com movimentos tribais... uma junção perfeita de música, luzes e movimentos, com algo "crescente" e cada vez mais "rítmico" a aumentar e quase a explodir! Na plateia começamos a sentir vontade de nos levantarmos e dançamos também, ou apenas vibrarmos.

    O que me faz rir é olhar para a minha amiga do coração e, sem falarmos, ali sermos só eu e ela. Aqui só consigo imaginar a BAbz, a minha special one. Para me rir à gargalhada assim num espetáculo, é porque ali senti felicidade pura e dura! de viver a vida no presente, houve algo naquele espetáculo e de estarmos a beber às escondidas e já estarmos a espalhar o amor, para me fazer sentir assim...
    (eu porto-me sempre mal nos espetáculos... ahahahaha)

    Abraçamo-nos, eu e a Babz, e não paramos de sorrir e de estarmos emocionadas com o momento lindo que presenciámos! E dizemos uma à outra quase em uníssono: "Foda-se amor! Que saudades! Temos que os ir buscar e continuar por aí a espalhar o amor!" (ir buscar os artistas por quem construímos ligação e gratidão pelo momento!) Temos de ir espalhar amor!... São tantos os momentos que me vêm à memória!!... tenho histórias lindas de espalharmos o Amor, falamos com "estranhos" as conversas mais profundas, espalhar o amor e viver o presente!

    - Foi tão bonito e inspirador, Amor!
    - Pos foi! Quem me dera ficar assim, com este feeling para sempre!
    - Vamos beber mais um copo e aprofundar isto! Ou ficar no carro a beber e a aprofundar... a vida!...
    - Olha aí essa Karkassa linda a passar: "Amigo, não foi lindo o espetáculo?! Venha, vamos continuar a espalhar essa energia! Aqui não há bicho..."
    Este tipo de discurso já tivemos a oportunidade de ter n vezes, somos umas sortudas por nos termos e por vivenciarmos tão espiritualmente e utopicamente estes momentos, eu e a Babz...
    Não minto que todos os espetácuos que fomos ficamos marcadas, seja de que forma for, pois... eu sou assim!... crio uma ligação enorme (ou quase "impinjo" hahahaha) e está inato em mim essa... genuína pureza de espalhar o (terror)amor... de me fundir num espetáculo...

I propose that you take me with you. Travel in your memories of shows you watched or in your desires of what you would like to see now. Listen to this audio, and as you go along, answer these questions:

Participate

Newsletter:

  • Team
  • Terms and Use
  • website
  • facebook
  • instagram
  • mail [collectionofspectators@gmail.com]
Close ×Close ×

what is to be a spectator?

I am creating an audio archive with several responses from spectators from around the world. To participate just write your answer directly here. Then I will record what you have written in audio !

I ask you to write in Portuguese or in English. If you are not comfortable about leaving your testimonial, that's fine, you can always have the pleasure of listening to the testimonials already collected. What you hear is an archive of testimonies added in accumulation. It is always my voice but with answers from several spectators.

To listen, just press PLAY whenever you please at the right edge of the website's footer!

The more people participate, the more diverse and curious this archive can become !

Participate!!

Thank you for participating